A edificação era sede da
empresa Wallig Nordeste S.A, uma fábrica de fogões pertencente ao Grupo Wallig
do Rio Grande do Sul. Apesar de ser altamente rentável na cidade de Campina
Grande, o Grupo chegou à falência por ter que subsidiar a indústria de fogões
“Cosmopolita” (situada em São Paulo), que estava com muitos débitos. Isso
ocasionou o fechamento de diversas fábricas no Brasil, inclusive a campinense,
que encerrou suas atividades em 17 de Setembro de 1979, deixando cerca de 1500
desempregados.
O autor do projeto do grande complexo industrial foi o
escritório “Sérgio e Pellegrini Cia Ltda, Estúdio de arquitetura, urbanismo e
decorações” localizado em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A construtora
responsável foi a Construtora Edson de Sousa do
Ó Ltda, que teve o projeto aprovado pela DPU/ Departamento de Planejamento e Urbanismo da Prefeitura
Municipal de Campina Grande pela em 29
de janeiro de 1965. Desperta interesse a arrojada solução do grande galpão
destinado à esmalteria com planta modulada, estruturada em pilares e vigas de
concreto armado, um lato pé direito e fechamentos que formam planos tectônicos
em materiais como o tijolo aparente e cobogós detalhados especificamente para
essa Fábrica.
A solução projetual denota uma preocupação em resolver os
problemas climáticos locais, ao observar-se uma série de soluções que serão
abordadas nesse artigo, levando à discussão da estreita relação entre a
produção arquitetônica e o lugar. Após o fechamento da Wallig Nordeste, a
edificação manteve-se inutilizada por mais de 20 anos, e somente em 2006 a mesma
voltou a ser utilizada, quando foi criado o Condomínio Industrial Wallig que
abriga 16 empresas.
(Texto e fotos: Alcilia Afonso de Albuquerque e Melo/KAKI)
Estamos no momento, realizando uma pesquisa PIVIC sobre o tema, e para maiores informações, entrar em contato por email.
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